sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O mundo é das mulheres

Davi é muito querido pelos colegas. Uma delas, Ana Godoy, tem o orgulho de dizer para todo mundo que ele é seu melhor amigo. Hoje, sua mãe me ligou para conversar:

- Oi, Katharina. É a Jana.
- Oi, Jana. Tudo bem?
- Tudo. Estou te ligando a pedido da Aninha.
- O que foi?
- Ela disse que está muito triste porque o Davi tem andado distante. Disse que agora ele só quer saber da Maria Flor.

Rimos juntas. Ela continuou:

- Ela disse que não tem problema ele conversar com a Maria Flor. Só não queria que ele deixasse de conversar com ela também.
- Claro, isso não pode acontecer.
- E me pediu para te ligar. Recomendou que eu dissesse exatamente essas palavras para você: "fala pro Davi que ele é especial para mim, que fico triste quando não me dá atenção".
- Que menina resolvida, Jana! Pode deixar que vou conversar com ele.

Chamei o protagonista e perguntei o que estava acontecendo. Ele se explicou:

- Parei de conversar com a Ana, mãe, porque todo mundo fala que a gente é namorado.
- Mas criança não namora, filho. Você vai cair nessa bobagem?
- Eu sei, mas eu não gosto que fiquem falando isso da gente.

No dia seguinte, a Aninha, agora minha ídola, surpreendeu o Davi com um bilhete.
Reparem na beleza do poema desse encanto de menina, nos seus parcos sete anos:

"Meu amigo leal, ter você por perto é muito legal.
Você é importante pra mim porque brinca comigo.
Você é mesmo um grande amigo.
Eu conto segredos para você
E você para mim.
Gosto muito de você, um tanto assim."












Aninha Godoy, minha querida, mal posso esperar para votar em você para presidenta.


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