quinta-feira, 28 de julho de 2016

Codinome

Há muito tempo, o baixinho-grande é chamado de Lacerda pelos colegas da escola. Sobrenome que eu acho um charme, por sinal. Em público, passei a adotar a nomenclatura também. Um dos coleguinhas achou o fato curioso:

- Olha, gente, até a mãe do Lacerda chama ele de Lacerda.

Pode deixar, tico-tico, eles nunca saberão a verdade.


quarta-feira, 27 de julho de 2016

A vida como ela é

Na rua, resolvendo problemas burocráticos chatérrimos, uma moça se impressionou com a educação dos baixinhos:

- Nossa, como você faz para eles ficarem tão comportadinhos?

Não respondi nada além da verdade:

- Eu os compro com comida.


terça-feira, 26 de julho de 2016

Deus conserve

Andando pela cidade, vimos um casal de jovens rapazes de mãos dadas.
Com naturalidade, um pequenininho comentou:

- Acho que são namorados.

O baixinho-grande polemizou:

- Talvez não. Podem ser só amigos.

O outro pequenininho finalizou a conversa:

- Parecem namorados mesmo. O que não tem problema nenhum.


Algo me diz que estamos no caminho certo.


domingo, 24 de julho de 2016

Amor alvinegro


Ver seu baixinho vibrando por ter de volta o Luan, no dia em que seu time ganhou do líder, não tem preço. 


Tem coisa que só o Clube Atlético Mineiro faz por você. 

Vergonha alheia

Fomos ao teatro e a entrada custava 15 reais. Pedi à moça da bilheteria para somar o valor total. O baixinho-grande, indignado, colocou a mão na cintura e perguntou:

- Mãe, você não está pedindo ajuda para fazer 15 x 4, está?

Psiu.
Fale baixo, menino.


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Senso estético

João se aventurou a fazer o próprio pão no café da manhã e deixou um caminho de rato no queijo. Orgulhoso, comemorou:

- Olha, mãe, cortei igual o meu nariz.


quinta-feira, 21 de julho de 2016

Consciência pesada

João acordou duas vezes de madrugada e me procurou, preocupado:

- Mãe, não lembro se escovei o dente direito.

O que a espera pela Fada do Dente faz, não?

terça-feira, 19 de julho de 2016

Papo reto

Tem cliente da Compoá falando assunto de gente grande, ó:


Educação financeira também vem de berço


Muitos pais ainda acham que dinheiro não é assunto de criança. Ledo engano. O dinheiro está ligado às nossas vidas desde que nascemos e, à medida que crescemos, torna-se cada vez mais presente. Por isso, é essencial aprender a conviver com ele equilibradamente. As crianças são apresentadas ao mundo capitalista cada vez mais cedo, estimuladas ao consumo precoce. Oferecer alternativas de consumo consciente é fundamental para que elas não se tornem escravas dos seus próprios desejos.  

A educação financeira na fase de desenvolvimento dá à criança mais chance de se tornar um adulto responsável financeiramente. É ela que aperfeiçoa a compreensão sobre o dinheiro, desenvolvendo habilidades e segurança para se tornar mais consciente dos riscos e oportunidades que ele traz. Isso não nasce com a criança, é aprendido ao longo da vida, com os exemplos das pessoas que estão à sua volta e com as suas próprias experiências.

A relação que os pais têm com o dinheiro influencia fortemente as escolhas dos filhos no futuro. Em outras palavras, a ideia de dinheiro que se tem na vida adulta tem a ver com o modelo apresentado na infância. Deste modo, é preciso educar os filhos a viverem dentro do seu padrão econômico, eliminando os desperdícios, aproveitando as oportunidades e valorizando o que já têm.

As crianças precisam aprender a fazer escolhas, buscar informações e, muitas vezes, adiar desejos momentâneos para viabilizar algum objetivo importante. Esse comportamento gera um círculo virtuoso dentro das expectativas e possibilidades da família, até que o indivíduo atinja a sua própria independência financeira e reproduza esse modelo autonomamente.

O administrador Gustavo Cerbasi, em seu livro Pais inteligentes enriquecem seus filhos, dá dicas preciosas para quem quer criar cidadãos conscientes e independentes financeiramente:

Valorizar
Ensinar que o ter não é mais importante que o ser, que as coisas mais importantes e valiosas da vida de qualquer ser humano não custam nada: carinho, atenção e respeito. Com isso, na fase adulta, os sentimentos serão mais importantes do que os bens materiais.

Celebrar
Presentear constantemente sem que haja realmente uma necessidade induz a criança a ser adulto consumista e insatisfeito. Crie significado para cada conquista, presenteie somente quando houver motivo ou quando surgir uma real necessidade. Assim, ela tenderá a se transformar em um jovem que sabe distinguir a diferença entre querer e precisar.

Orçar
A criança sabe que, para consumir, precisa de dinheiro. Ensine que o dinheiro vem do trabalho e é limitado. É fundamental entender que ele é recebido em troca de alguma atividade, de algum esforço. Por isso, antes de gastar, planeje e controle.

Investir
Quando os pais valorizam demais o emprego e se esquecem de valorizar os empreendimentos, estão formando adultos que serão, no futuro, escravos do dinheiro. Investir corretamente é um excelente ensinamento sobre como valorizar o dinheiro.

Negociar
Faça de cada compra ao lado de seu filho um evento marcante. Diferencie as idas ao shopping a lazer das idas para compras. Recomende a adoção de uma postura mais fria e calculista nas situações de consumo.

Equilibrar
Os excessos podem ser tão danosos quanto a falta. O equilíbrio é aprendido com o tempo. Uma vida financeira saudável inclui a capacidade de poupar e também de consumir, ambos em equilíbrio.

Fonte: http://planosmeus2016.wix.com


sábado, 16 de julho de 2016

terça-feira, 5 de julho de 2016

Piedade

- Mãe, eu tenho muita pena de duas pessoas.
- De quem, João?
- Do Trovão e do Lucca Mota.
- É mesmo? Por quê?
- Do Trovão porque ele só come uma vez por dia. E do Lucca Mota porque o pai dele morreu quando ele era pequenininho.

Nessa ordem.


sábado, 2 de julho de 2016

Estratégia infalível

Davi deu para amarrar umas fitas muito esquisitas no pulso. E usar sapatos trocados. No princípio, achei que era só marmotice mesmo. Mas o tio-pediatra matou a charada: é a maneira que ele encontrou de se diferenciar do irmão.

Está dado o recado, filho.
E você está cada dia mais inconfundível.