quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Folia improvisada

Hoje é carnaval na escola.
Desafiei os baixinhos a prepararem as fantasias com tudo o que já tínhamos em casa.
Eles sempre me surpreendem.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O mundo é das mulheres

Davi é muito querido pelos colegas. Uma delas, Ana Godoy, tem o orgulho de dizer para todo mundo que ele é seu melhor amigo. Hoje, sua mãe me ligou para conversar:

- Oi, Katharina. É a Jana.
- Oi, Jana. Tudo bem?
- Tudo. Estou te ligando a pedido da Aninha.
- O que foi?
- Ela disse que está muito triste porque o Davi tem andado distante. Disse que agora ele só quer saber da Maria Flor.

Rimos juntas. Ela continuou:

- Ela disse que não tem problema ele conversar com a Maria Flor. Só não queria que ele deixasse de conversar com ela também.
- Claro, isso não pode acontecer.
- E me pediu para te ligar. Recomendou que eu dissesse exatamente essas palavras para você: "fala pro Davi que ele é especial para mim, que fico triste quando não me dá atenção".
- Que menina resolvida, Jana! Pode deixar que vou conversar com ele.

Chamei o protagonista e perguntei o que estava acontecendo. Ele se explicou:

- Parei de conversar com a Ana, mãe, porque todo mundo fala que a gente é namorado.
- Mas criança não namora, filho. Você vai cair nessa bobagem?
- Eu sei, mas eu não gosto que fiquem falando isso da gente.

No dia seguinte, a Aninha, agora minha ídola, surpreendeu o Davi com um bilhete.
Reparem na beleza do poema desse encanto de menina, nos seus parcos sete anos:

"Meu amigo leal, ter você por perto é muito legal.
Você é importante pra mim porque brinca comigo.
Você é mesmo um grande amigo.
Eu conto segredos para você
E você para mim.
Gosto muito de você, um tanto assim."












Aninha Godoy, minha querida, mal posso esperar para votar em você para presidenta.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Assédio é ruim e ninguém gosta

Os irmãos-iguais são de parar o trânsito da escola. Não só porque são maravilindos, o que é uma verdade. Mas porque são tão bonitinhos juntos - eles não se desgrudam - que enchem o coração de qualquer um: pais, professores, funcionários e alunos. Outro dia, Vivi veio desabafar:

- Mãe, têm umas adolescentes que não largam do meu pé.
- Ué, Vivi, o que elas fazem?
- Ficam correndo atrás de mim na escola, batendo no vidro da minha sala e mandando beijinho. Gritam meu nome e do João quando estamos no pátio.
- Hummm...
- Teve uma que até me pediu em casamento na educação física.

Segurei para não rir, porque o assunto parecia sério demais para baixinho.

- E você não gosta disso?
- Claro que não, né, mãe? Eu sou uma criança! - golpeou-me com suas luvas pequeninas.
- Você já tentou conversar com elas sobre isso? Dizer que fica incomodado?

Ele balançou a cabeça negativamente, envergonhado. E continuou o desabafo:

- Sabe, mãe? Eu bem que queria ser feio. Não queria ter olho verde. Queria ter um monte de verruga na cara. Três, na ponta do nariz. Queria ser bem esquisito, só pra ninguém ficar falando que eu sou bonito.

E fiquei refletindo na amargura daquele pequeno. Está experimentando aquilo que nós, mulheres, vivemos na pele todos os dias ao andar pela rua. Recebemos galanteios de estranhos e o máximo que podemos fazer para nos defender é fechar a cara e seguir em frente. Solidarizei-me com o baixinho:

- Sei o que você está sentindo, filho. E não é nada bom. A gente tem que encontrar maneiras de se defender. Muitas vezes, as pessoas não fazem por mal. Outras, sim. Pedir ajuda é um bom caminho.

Ofereci um abraço apertado. E pensei comigo: menos um homem para andar por aí invadindo o espaço dxs outrxs. Que assim seja.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Vistante noturna

Essa belezura floresce só por uma noite e acabou de dar o ar da graça no nosso jardim. Ela é tão maravilinda que estou pensando em passar a noite do lado de fora, com ela.

Florzinha bonita que eu não sei o nome, não te conheço, mas já te amo!