Ministério das Boas Maneiras adverte: se você tem estômago fraco, não termine de ler esse post.
Os três chegaram à fase do campeonato de arroto. Sim, é isso mesmo. Já conversei, gritei, apelei, castiguei e nada, nada faz com que eles abandonem o mau hábito. Outro dia, João soltou um longo e sonoro brrrrrrrrrr. Quase morri:
- Meu filho, pelo amor de Deus, isso é horrível!
- Quê que tem, mãe? Acabei de comer molango.
- Ninguém quer saber o que você comeu. Muito menos ouvir essas nojeiras.
- Não é nojeila, é delícia! Faz pra você ver.
Por que eu não tive meninas?
terça-feira, 29 de abril de 2014
segunda-feira, 28 de abril de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
Recordar é viver
O tio pediatra e minha comadre foram a um casamento no sábado à noite. Perguntaram se eu não poderia ficar com a tropinha deles, o Ivan e a Clarinha. Claro! Quem cuida de três, cuida de cinco.
Chegaram às sete horas. Tudo começou muito bem. Ivan e Davi, amigos inseparáveis, brincaram até. Clarinha, a doçura em forma de bebê, não deu trabalho nenhum. Até o cair da noite.
Já tinha me esquecido de que bebês fazem cocô dormindo. E que trocar fraldas de madrugada chega a ser um esporte. Também tinha esquecido como o leite materno demora a descongelar em banho maria. E que bebês de cinco meses têm um reloginho na barriga que apita pontualmente a cada duas horas.
Outra coisa que tinha apagado da mamória é que o choro de um acorda o outro. E que é melhor passar a noite em claro e evitar que o resmungo vá para frente do que deixá-lo se transformar em sinfonia coletiva.
O dia finalmente amanheceu. Às seis da matina, todos os cinco estavam com a carga completa (menos eu, é claro). Hora de alimentar a tropinha, que tinha a fome de quem voltava da guerra. Sem carrinho ou bebê conforto, o jeito foi encarar a cozinha com a bonequinha no colo. Quando o braço pedia penico, as crianças de quatro anos deixavam de ser crianças e viravam ajudantes.
Hora das brincadeiras. Bola para um, lápis e papel para o outro, historinhas para o terceiro, vídeo game para o quarto e muito colo e saculejo para a quinta. Fruta, suquinho, fraldas e mamadeiras. Banho para todos.Ao fim da temporada, eles estavam limpos, alimentados e felizes.
Eu estava um trapo, como nos velhos tempos. Interessante como a nossa memória é mesmo seletiva. Acho que é instinto de preservação. Não sei como sobrevivi a dois bebês e uma criança pequena.
A breve temporada com os cinco me fez admirar ainda mais a minha mãe, que deu conta de cinco, sozinha, a vida inteira. Mãe é um trem sagrado, gente. Devia durar para sempre. Hoje, sou mãe e madrinha. Tomara que eu possa ser tão competente quanto ela. E que eu chegue aos 50 bonitona e inteira como ela. E que eles saibam reconhecer isso muito antes do que eu soube. Tomara.
Chegaram às sete horas. Tudo começou muito bem. Ivan e Davi, amigos inseparáveis, brincaram até. Clarinha, a doçura em forma de bebê, não deu trabalho nenhum. Até o cair da noite.
Já tinha me esquecido de que bebês fazem cocô dormindo. E que trocar fraldas de madrugada chega a ser um esporte. Também tinha esquecido como o leite materno demora a descongelar em banho maria. E que bebês de cinco meses têm um reloginho na barriga que apita pontualmente a cada duas horas.
Outra coisa que tinha apagado da mamória é que o choro de um acorda o outro. E que é melhor passar a noite em claro e evitar que o resmungo vá para frente do que deixá-lo se transformar em sinfonia coletiva.
O dia finalmente amanheceu. Às seis da matina, todos os cinco estavam com a carga completa (menos eu, é claro). Hora de alimentar a tropinha, que tinha a fome de quem voltava da guerra. Sem carrinho ou bebê conforto, o jeito foi encarar a cozinha com a bonequinha no colo. Quando o braço pedia penico, as crianças de quatro anos deixavam de ser crianças e viravam ajudantes.
Hora das brincadeiras. Bola para um, lápis e papel para o outro, historinhas para o terceiro, vídeo game para o quarto e muito colo e saculejo para a quinta. Fruta, suquinho, fraldas e mamadeiras. Banho para todos.Ao fim da temporada, eles estavam limpos, alimentados e felizes.
Eu estava um trapo, como nos velhos tempos. Interessante como a nossa memória é mesmo seletiva. Acho que é instinto de preservação. Não sei como sobrevivi a dois bebês e uma criança pequena.
A breve temporada com os cinco me fez admirar ainda mais a minha mãe, que deu conta de cinco, sozinha, a vida inteira. Mãe é um trem sagrado, gente. Devia durar para sempre. Hoje, sou mãe e madrinha. Tomara que eu possa ser tão competente quanto ela. E que eu chegue aos 50 bonitona e inteira como ela. E que eles saibam reconhecer isso muito antes do que eu soube. Tomara.
sábado, 26 de abril de 2014
Precavido
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Investimento
Coisas de mãe
Ato falho
Existe um joguinho de vídeo game cujo personagem, até onde eu entendi, vai perdendo a saúde à medida em que o jogador erra os movimentos. Parece que o pobrezinho vai minguando e acaba morrendo antes de chegar à fase final. Eu sei, isso é horrível. Para o meu desespero, o baixinho-grande tem gostado bastante desse jogo. Certo dia, preocupado com o seu desempenho, ele desabafou:
- Ah, não, errei de novo! Isso acaba com a minha saúde.
Puro ato falho.
Vídeo game, estou de olho em você.
- Ah, não, errei de novo! Isso acaba com a minha saúde.
Puro ato falho.
Vídeo game, estou de olho em você.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Adivinhe quem somos?
Se você também quer um pratinho para chamar de seu,
entre em contato com a brunazanettiatelier@gmail.com
e faça o seu pedido. Ela manda para todo o Brasil.
E para o mundo!
S2
terça-feira, 22 de abril de 2014
Aumentando a prole
Gente, me abana!
Vou ter um treco!!!
Acabo de saber que vou ser titia de novo!
Clara, Ana e quem mais chegar,
vocês enchem meu coração de amor!
Vou ter um treco!!!
Acabo de saber que vou ser titia de novo!
Clara, Ana e quem mais chegar,
vocês enchem meu coração de amor!
Sermão de filho
Queimei o braço no forno do fogão. Não bastasse a dor da queimadura, teve também a dor do sermão do João, que me lembrou de todos os perigos da cozinha.
Não sei o que doeu mais.
Não sei o que doeu mais.
Rito de passagem
Eis que o baixinho agora é, oficialmente, uma criança grande. Ganhou do seu ídolo, aquele que tem 28 anos por fora e 8 por dentro, um álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Ganhou também umas figurinhas repetidas, que deram o pontapé inicial às mais de 630 que o acompanharão até o fim da coleção.
Atentamente, ele ouviu as dicas sobre como manusear a preciosidade e fazer negócio com os coleguinhas. Figurinha rara vale mais. As mais comuns podem ir para o tapão, sem dó.
Entusiasmado, foi à banca e, com o seu rico dinheirinho, comprou todo o estoque disponível. Logo de primeira, ganhou o goleiro Júlio César, raridade que nem o ídolo tem. Demonstrando que é bom de jogo, propôs:
- Zé, te vendo por quatro reais.
- Quatro reais, não. Troco por outras figurinhas.
- Quantas?
- Quatro.
Nada feito.
Orgulhoso, colou o seu troféu.
Ele não está de brincadeira.
Fernando Sabino, homem de canivete, certamente o endenderia.
Mais respeito, seu moço.
Agora ele é um menino com álbum de figurinhas.
Atentamente, ele ouviu as dicas sobre como manusear a preciosidade e fazer negócio com os coleguinhas. Figurinha rara vale mais. As mais comuns podem ir para o tapão, sem dó.
Entusiasmado, foi à banca e, com o seu rico dinheirinho, comprou todo o estoque disponível. Logo de primeira, ganhou o goleiro Júlio César, raridade que nem o ídolo tem. Demonstrando que é bom de jogo, propôs:
- Zé, te vendo por quatro reais.
- Quatro reais, não. Troco por outras figurinhas.
- Quantas?
- Quatro.
Nada feito.
Orgulhoso, colou o seu troféu.
Ele não está de brincadeira.
Fernando Sabino, homem de canivete, certamente o endenderia.
Mais respeito, seu moço.
Agora ele é um menino com álbum de figurinhas.
Só as mães entenderão
No restaurante, os baixinhos-pequenos foram se divertir no brinquedo. O grande não quis ir, parece ter chegado à fase em que ser visto brincando com crianças menores pode provocar graves ranhuras à reputação.
De longe, fiquei acompanhando a desenvoltura da duplinha junto às outras crianças. Eles são praticamente celebridades. Talvez porque sejam iguais. Talvez porque sejam lindos e fofos. Talvez porque sejam irmãos do baixinho-grande.
Logo, veio o Vivi:
- Pedo, quantos anos você tem mesmo?
- Sete.
Ele voltou correndo para o aglomerado de menininhas e, todo orgulhoso, respondeu a pergunta que não queria calar:
- Meu irmão tem sete anos.
Prefiro não comentar sobre os suspiros que surgiram na sequência.
Sabe, gente?
A dor no coração chega a ser física.
Não sei se sobrevivo aos próximos capítulos.
De longe, fiquei acompanhando a desenvoltura da duplinha junto às outras crianças. Eles são praticamente celebridades. Talvez porque sejam iguais. Talvez porque sejam lindos e fofos. Talvez porque sejam irmãos do baixinho-grande.
Logo, veio o Vivi:
- Pedo, quantos anos você tem mesmo?
- Sete.
Ele voltou correndo para o aglomerado de menininhas e, todo orgulhoso, respondeu a pergunta que não queria calar:
- Meu irmão tem sete anos.
Prefiro não comentar sobre os suspiros que surgiram na sequência.
Sabe, gente?
A dor no coração chega a ser física.
Não sei se sobrevivo aos próximos capítulos.
terça-feira, 15 de abril de 2014
Falta de couro
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Entrelinhas
Construindo valores
Gostosuras de João
- Lembro.
- Lembra que tinha uma cadeira estampalente?
- Lembro.
- Será que se eu sentar nela eu fico invisivo?
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Diálogo
- Alô, tio André?
- Oi, quem tá falando?
- É o Davi.
- Oi, Vivi. Tudo bem?
- Ahã. Aqui, você pode trazer o Ivan na minha casa?
- Peraí, converse aqui com o seu primo.
...
- Oi, Ivan. É o Vivi. Vem na minha casa brincar comigo?
- Brincar?
- É. De lobo.
- Tá.
Um tem quatro anos. O outro, dois.
Com eles, a certeza de que já são gente. E amigos.
- Oi, quem tá falando?
- É o Davi.
- Oi, Vivi. Tudo bem?
- Ahã. Aqui, você pode trazer o Ivan na minha casa?
- Peraí, converse aqui com o seu primo.
...
- Oi, Ivan. É o Vivi. Vem na minha casa brincar comigo?
- Brincar?
- É. De lobo.
- Tá.
Um tem quatro anos. O outro, dois.
Com eles, a certeza de que já são gente. E amigos.
Padecendo
Bom dia para você que acordou com todo humor do mundo depois de dormir quase nada porque tinha que ajudar o seu baixinho a fazer o delicioso para casa abaixo:
"Com a ajuda de um adulto, faça um trabalho seguindo esse
roteiro: em uma linha do tempo, escreva o ano do seu nascimento e os
anos seguintes até 2014. Em cada um dos anos, escreva qual era a sua idade, suas
características e o que você mais gostava de fazer. A linha do tempo pode ser
apresentada em cartazes ou outras maneiras bem criativas. Use desenhos, exames (ultrassom (!)) ou fotos para ilustrar o
seu trabalho.
Ao fim da atividade, o baixinho diz, satisfeito:
- Foi o para casa mais legal de todos, né, mãe?
- Ahã - respondo com um sorriso amarelo.
Nossa Senhora das Mães dos Filhos em Idade Escolar, em nome de tudo o que há de mais sagrado, recupere as minhas forças para o próximo. Amém.
A letra bonita é da tia Binha, que, apesar de ser médica, tem a caligrafia mais maravilhosa de todas |
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Aflições de João
Gostosuras pela manhã
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Remédio
- Tenho que passar a dormir todas as noites com você, mãe.
- Por que, Vivi?
- Se eu tiver com você e começar a ficar doente, a doença vai embora rapidinho.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Solução
terça-feira, 1 de abril de 2014
Desaforo
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