quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Recapitulando
Nem sei o que dizer de 2015.
Mudei de casa quatro vezes.
Casei.
Saí do trabalho.
Plantei um novo projeto profissional.
Nem sei.
Só sei que valeu.
Pode vir, 2016!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Cão de guarda
Trovão, o bruto, empolgou-se na brincadeira e deu uma focinhada na cara de um dos irmãos-iguais. Furioso, o pequeno teve o impulso de lhe devolver o safanão. Mais que depressa, o baixinho-grande, amigo fiel, entrou na frente e evitou a vingança:
- Para encostar nele você vai ter que passar por cima de mim.
Isso que é cão de guarda.
- Para encostar nele você vai ter que passar por cima de mim.
Isso que é cão de guarda.
domingo, 27 de dezembro de 2015
Protesto
Dia desses, depois de observar Gui e eu na cozinha, cúmplices e companheiros, Davi bateu a porta e saiu pisando duro:
- Esse casamento é uma burrice!
Pode, filho. Protestar pode.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Missão impossível
Mudamos para uma linda e harmoniosa casinha, com direito a quintal, cachorro e tudo. De todos os desafios do novo espaço, o que mais me preocupava eram as necessidades fisiológicas do Trovão, pastor alemão que troveja e faz cocô como ninguém. Antes que eu tivesse que impor a tarefa goela abaixo a algum pequeno, João foi logo se oferecendo:
- Pode deixar comigo, mãe. Aprendi com o vovô Kleber como se faz.
E, por incrível que pareça, é a primeira coisa que ele faz todos os dias, após acordar. Levanta-se e, silenciosamente, segue com sua pá jardim afora. Volta com a cara de dever cumprido, orgulhoso da sua contribuição.
Que Deus, em sua infinita misericórdia, conserve no pequeno essa boa ação e faça-o perseverar nos esforços de preservação da minha sanidade mental.
Amém.
- Pode deixar comigo, mãe. Aprendi com o vovô Kleber como se faz.
E, por incrível que pareça, é a primeira coisa que ele faz todos os dias, após acordar. Levanta-se e, silenciosamente, segue com sua pá jardim afora. Volta com a cara de dever cumprido, orgulhoso da sua contribuição.
Que Deus, em sua infinita misericórdia, conserve no pequeno essa boa ação e faça-o perseverar nos esforços de preservação da minha sanidade mental.
Amém.
Dai-me paciência
Consciência pesada
Depois de um ano e meio de furos, finalmente consegui levar a tropinha ao dentista. Enquanto aguardávamos na sala de espera, saiu um menininho que já acumulava quatro tratamentos de canal nos seus parcos seis anos de vida. Ele passou pelo João e Davi e, implacável, jogou a real:
- Vai doer.
Os dois arregalaram os olhos azuis, à espera de uma salvação:
- Vai doer mesmo, mãe?
Para não desperdiçar a oportunidade, retruquei:
- Só se alguém deixou a desejar na escovação nesse último ano. Isso aconteceu com algum de vocês?
Os dois abaixaram a cabeça e guardaram a resposta para si.
Quando a dentista abriu a porta para começar a chamada dos Lacerdas, João foi até ela e começou a desabafar:
- Eu acho que meus dentes vão estar muito ruins.
- Por que, João?
Arrependido, confessou:
- É que eu deixei de escovar três vezes: uma porque a luz acabou, outra porque eu esqueci mesmo e uma porque eu fingi que já estava dormindo.
E abriu a boca a chorar.
- Vai doer.
Os dois arregalaram os olhos azuis, à espera de uma salvação:
- Vai doer mesmo, mãe?
Para não desperdiçar a oportunidade, retruquei:
- Só se alguém deixou a desejar na escovação nesse último ano. Isso aconteceu com algum de vocês?
Os dois abaixaram a cabeça e guardaram a resposta para si.
Quando a dentista abriu a porta para começar a chamada dos Lacerdas, João foi até ela e começou a desabafar:
- Eu acho que meus dentes vão estar muito ruins.
- Por que, João?
Arrependido, confessou:
- É que eu deixei de escovar três vezes: uma porque a luz acabou, outra porque eu esqueci mesmo e uma porque eu fingi que já estava dormindo.
E abriu a boca a chorar.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Sentido da vida
sábado, 5 de dezembro de 2015
Masoquismo
Pedro começou a sua coleção de uniformes autografados pelos colegas no último dia de aula.
Confesso que ver o meu baixinho crescendo dá uma fisgadinha dolorida no peito.
Uma deliciosa fisgadinha dolorida no peito.
Vai entender o coração masoquista de mãe...
Confesso que ver o meu baixinho crescendo dá uma fisgadinha dolorida no peito.
Uma deliciosa fisgadinha dolorida no peito.
Vai entender o coração masoquista de mãe...
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Bons motivos
- Eu gosto da sua gargalhada, mãe.
- Sério, Pedro?
- Gosto muito. Pena que você gargalhe tão pouco.
- É que a vida é dura, filho... Nem sempre a gente tem motivo para gargalhar.
- Posso te ajudar com cosquinha, se você quiser.
Pois saiba que de todos os motivos que tenho para sorrir, filhinho, você e seus irmãos são os maiores deles.
- Sério, Pedro?
- Gosto muito. Pena que você gargalhe tão pouco.
- É que a vida é dura, filho... Nem sempre a gente tem motivo para gargalhar.
- Posso te ajudar com cosquinha, se você quiser.
Pois saiba que de todos os motivos que tenho para sorrir, filhinho, você e seus irmãos são os maiores deles.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Opções
O baixinho-grande quer ganhar lichia de natal.
Mas, caso o papai noel esteja com dificuldade de encontrar, disse que pode ser uma bicicleta mesmo.
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