Os três estavam pegando um fogo danado. Perdi as contas de quantas vezes pedi para quietarem. Em vão. A danação era tanta que o Pedro acabou beliscando o João. De tão forte, doeu em mim. Pressentindo que sua situação não estava nada boa, ele tentou se explicar:
- Foi belisquinho de amor, mãe...
E acabou na escadinha, com todo amor.
domingo, 30 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Dentões
- Mãe, como é ter dentões assim?
- Como, filho?
- Assim, iguais aos seus.
- Uai, eu tenho dentões?
- Tem sim, como a Mônica.
- Não tinha reparado ainda.
- Não? Mas são tão grandes!
Pequena pausa para uma conferência no espelho.
- É mesmo, filho, são um pouquinho maiores que os outros.
- Um pouquinho, não. Um tantão.
- Credo, Pedro. Não é tanto assim.
- É sim. Mas não se preocupe. É engraçadinho.
Sei.
Bullying praticado pelo próprio filho é crime?
- Como, filho?
- Assim, iguais aos seus.
- Uai, eu tenho dentões?
- Tem sim, como a Mônica.
- Não tinha reparado ainda.
- Não? Mas são tão grandes!
Pequena pausa para uma conferência no espelho.
- É mesmo, filho, são um pouquinho maiores que os outros.
- Um pouquinho, não. Um tantão.
- Credo, Pedro. Não é tanto assim.
- É sim. Mas não se preocupe. É engraçadinho.
Sei.
Bullying praticado pelo próprio filho é crime?
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Ato falho
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Jogo dos sete erros
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Conjugando felicidade
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Quem manda aqui sou eu
sábado, 22 de dezembro de 2012
Estrategista
No banho:
- Mãe, o chuveiro quente está fazendo meu dedo machucado doer.
- Vou esfriar a água um pouquinho. E aí, melhorou?
- Quase nada - continuou reclamando.
Resolvi provocar para ver até onde ia o drama.
- Que pena, filho. Então, pelo visto, nada de piscina até seu dedo sarar, né?
Ele, que não é nem um pouco bobo, aproveitou a deixa e virou o jogo:
- Pelo contrário. Banho, só de piscina. Quanto mais frio, melhor, né?
- Mãe, o chuveiro quente está fazendo meu dedo machucado doer.
- Vou esfriar a água um pouquinho. E aí, melhorou?
- Quase nada - continuou reclamando.
Resolvi provocar para ver até onde ia o drama.
- Que pena, filho. Então, pelo visto, nada de piscina até seu dedo sarar, né?
Ele, que não é nem um pouco bobo, aproveitou a deixa e virou o jogo:
- Pelo contrário. Banho, só de piscina. Quanto mais frio, melhor, né?
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Nova moda
Vingança
Provocação
Nos preparativos para o clássico verde versus amarelo, tia Gabi e tia Binha, craques que só elas, gentilmente cederam os apetrechos necessários ao espetáculo: calção, meião, caneleira e chuteira. O pequeno, debochado, completou o kit:
- Tia Gabi, empresta seu capacete também.
O que será que ele quis dizer?
- Tia Gabi, empresta seu capacete também.
O que será que ele quis dizer?
Especialidade
A turma do trabalho inventou de fazer um torneio de futebol feminino. Adivinhe? Mamãe foi escalada capitã do time verde. Preocupado com o vexame, o baixinho tentou livrar a mãe dessa fria:
- Mãe, fala com eles que você não sabe jogar.
- Não adianta, filhinho, os times já estão formados.
- E se você ficar na torcida?
- Aí vai faltar jogadora no meu time.
- Então fala que você só sabe fazer filho.
Não precisava apelar.
Menino atrevido.
- Mãe, fala com eles que você não sabe jogar.
- Não adianta, filhinho, os times já estão formados.
- E se você ficar na torcida?
- Aí vai faltar jogadora no meu time.
- Então fala que você só sabe fazer filho.
Não precisava apelar.
Menino atrevido.
Minoria
Todo dia é a mesma disputa pelo controle remoto. Eles querem ver desenho. Eu, a novela. Na maioria das vezes, eles levam a melhor. Mas, hoje eu resolvi pirraçar:
- Nós vamos ver o que EU quero.
O baixinho, que não precisa ganhar nada no grito, ganhou na inteligência, coisa que ele tem até demais:
- Claro que não. Você é uma só. Nós somos três.
Eu nem queria mesmo.
- Nós vamos ver o que EU quero.
O baixinho, que não precisa ganhar nada no grito, ganhou na inteligência, coisa que ele tem até demais:
- Claro que não. Você é uma só. Nós somos três.
Eu nem queria mesmo.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Fora do ar
Dar um telefone celular para o filho de cinco anos só para não ter que ligar no telefone da mãe é sinal do fim dos tempos, não é?
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Argumentação
- Passarinho dentro de casa é muito triste, filho.
- Você ia gostar de ficar preso numa gaiola?
Ele apontou para o aquário e retrucou:
- E aquele peixinho, gosta de ficar preso ali?
O que eu respondi?
Nada. Nada de peixe, nada de passarinho.
E nada de dar corda para quem tem mais argumento que a gente. Afinal, o peixe morre é pela boca.
- Se fosse triste, ele não cantaria.
Diante da qualidade argumentativa, mudei de estratégia:
Ele apontou para o aquário e retrucou:
- E aquele peixinho, gosta de ficar preso ali?
O que eu respondi?
Nada. Nada de peixe, nada de passarinho.
E nada de dar corda para quem tem mais argumento que a gente. Afinal, o peixe morre é pela boca.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Balança, mas não cai
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Hiper tensão
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Conselho de classe
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Desentendimento
- Pedro, eu posso fazer isso porque sou sua mãe!
- E eu posso fazer o mesmo porque eu vou ser pai!
- Hã?
- É, ué! Quando eu crescer, eu vou ser pai!
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Ho ho ho
Tenho que admitir: a temporada na casa da vovó está sendo um sucesso! Nunca antes na história daquela casa houve tantos frufrus no natal. Também, com a participação direta de três mini-ajudantes, não era para menos. Destaque para o palpite espirituoso do maior:
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
Momento astronauta
sábado, 1 de dezembro de 2012
A realidade nua e crua
Os três brincavam com um ferrorama que o baixinho pelejava para montar. Ao fim da última peça, o pequeno pensou alto:
- Vai ser tão bom quando vocês crescerem, irmãos...
Perguntei se ele estava querendo que os irmãos crescessem rápido para poderem brincar juntos. Ele, de saco cheio, respondeu:
- Não, mãe. É para eles pararem de me atrapalhar mesmo.
- Vai ser tão bom quando vocês crescerem, irmãos...
Perguntei se ele estava querendo que os irmãos crescessem rápido para poderem brincar juntos. Ele, de saco cheio, respondeu:
- Não, mãe. É para eles pararem de me atrapalhar mesmo.
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