segunda-feira, 25 de abril de 2016

Recordar é morrer de sono

Clarinha, minha sobrinha e afilhadinha querida, de dois anos, passou uma noite conosco.
Os meninos brincaram até cansar e, lá pelas tantas, caíram no sono. Menos a Clarinha.
A pobrezinha chamou a mãe, chorou, mamou, conversou, brincou. Só não dormiu. Ficamos as duas lutando contra o cansaço.
É de impressionar a nossa capacidade de deletar determinados perrengues da memória. Hoje, parece que eu nunca passei uma noite em claro, cuidando de menino. Deve ser questão de sobrevivência, sei lá.

No dia seguinte à maratona, ainda animado com a companhia da priminha, Davi se declarou:

- A Clarinha é muito bonitinha, né, mãe?

Só me coube uma resposta:

- É linda. Mas só de dia.


Nenhum comentário:

Postar um comentário