domingo, 10 de janeiro de 2016

Carência

Davi deixou uma tora de madeira cair no dedão do pé, tadinho. A unha roxeou na hora. Está certo que doeu, mas, já no terceiro dia de pé manco e choramingo, eu já não podia fazer muita coisa por ele. Carente como ninguém, ele cobrou atenção:

- Mãe, meu dedo não vai parar de doer nunca?
- Vai, filho. Tenha paciência. 
- E você não vai fazer nada?
- O que eu posso fazer?
- Sei lá, cuidar de mim. Eu sou o seu filho!


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