sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Irmãos metralhas

Precisei ir ao banco para fazer uma transferência diretamente no caixa. Como a tropinha foi comigo, fiz mil recomendações, porque banco está longe de ser parque de diversões. Passamos pela porta giratória, pegamos a senha, descemos a escada e aguardamos a nossa vez. Enquanto eu estava sendo atendida, eles se comportaram como eu nunca vi antes. "Estão crescendo", pensei comigo, satisfeita. Que nada. Foi só eu relaxar para a bagunça começar. Subindo as escadas para ir embora, Pedro correu na frente, chamando a patota, que já começava o seu barulhento fuzuê. 

Quando eu terminei de subir a escadaria, Pedro já estava na sua terceira volta da porta giratória. E os baixinhos estavam na fila, esperando a sua vez de subverterem a ordem. Para a minha alegria, o segurança, que observava toda a cena, rapidamente entrou em ação:


- Obedeçam sua mãe, crianças. Ou vou ser obrigado a prender vocês.


Era tudo o que eu precisava. Dei o meu olhar rasante para confirmar a gravidade da repreenda e eles ficaram feito estátuas, envergonhados e arrependidos. 


Aquele guarda nunca vai saber, mas se tornará a pessoa mais citada nos meus sermões. 


Te devo uma, seu guarda.



Um comentário:

  1. De tudo, de tudo, só lamento que o sermão tenha ido para o Pedro, em primeiro lugar. Ele quase nunca faz uma peraltice e, quando faz, recebe voz de prisão, coitadinho...

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