Só hoje, seis dias depois da primeira experiência dos baixinhos-pequenos na escola grande, é que me lembrei de uma cena que partiu o meu coração.
Antes de entrar na salinha nova, Davi, aflito, pediu que eu anotasse o meu telefone na sua mão. Era como se estivesse procurando uma maneira de me levar com ele naquela viagem desconhecida.
Anotei os números, dei um beijinho carinhoso e fechei a sua mãozinha. E assim, com a mãozinha fechada, ele permaneceu boa parte do tempo. Acho que ficou com medo de que tanto os números, quanto o beijo, escapulissem por entre os dedos.
O que ele não sabe é que eu estou no mesmo barco, sentadinha à distância, vendo-o navegar pelos seus mares. E que amor de mãe não se esvai, só transborda.
Sabe essa imensidão à sua frente, filhinho?
Não chega nem perto do amor que transborda em mim, por você.