segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Amor de mãe

Só hoje, seis dias depois da primeira experiência dos baixinhos-pequenos na escola grande, é que me lembrei de uma cena que partiu o meu coração.

Antes de entrar na salinha nova, Davi, aflito, pediu que eu anotasse o meu telefone na sua mão. Era como se estivesse procurando uma maneira de me levar com ele naquela viagem desconhecida. 

Anotei os números, dei um beijinho carinhoso e fechei a sua mãozinha. E assim, com a mãozinha fechada, ele permaneceu boa parte do tempo. Acho que ficou com medo de que tanto os números, quanto o beijo, escapulissem por entre os dedos.

O que ele não sabe é que eu estou no mesmo barco, sentadinha à distância, vendo-o navegar pelos seus mares. E que amor de mãe não se esvai, só transborda. 



Sabe essa imensidão à sua frente, filhinho? 
Não chega nem perto do amor que transborda em mim, por você.


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