O baixinho-grande foi convidado a dormir fora de casa. Antes que ele desse a resposta, fiz algumas considerações para ajudá-lo a se decidir.
- Tudo bem se você não quiser ir, filho. Lá não vai ter a sua cama, seus irmãos, seus desenhos preferidos, seu cobertor quentinho, o leitinho com toddy como você gosta e, é claro, EU.
Ele não pensou duas vezes:
- Quero ir!
- Pense bem, filhinho.
- Já pensei!
- Se você se arrepender no meio da noite, não vai ter jeito de te buscar, ok?
- Por que eu me arrependeria?
Relevei a crueldade da pergunta e comecei a me preparar para a despedida. Resignada, dei um abraço apertado e disse baixinho em seu ouvido:
- Ainda dá tempo de você desistir, filhinho. Não tem problema nenhum.
Ele, insensível, respondeu:
- Tchau, mãe.
Tchau, mãe? Foi demais para mim.
- Você não vai nem sofrer, filho?
O sorriso com todos os dentes foi a resposta.
E ele se foi.
Sem mim.
É, minha gente.
Agora eu sei como a bandeirinha do escanteio se sente.
se não me engano, acho que ele foi dormir na casa do ídolo dele, e deixou um bilhete fofíssimo pra tia Moema e tio Neto que parece que não será desmanchado rsrsrsrs
ResponderExcluirBingo, Mari!
ResponderExcluirHahahaha...