segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Enrubescendo a mãe

Passeamos na Maria Fumaça de Rio Acima, ontem. Ao nosso lado, tinha uma bebezinha linda no colo dos pais, que resolveram deitá-la no banco para trocar a sua fralda. Davi, curioso que só ele, esticou o pescoço para ver o que havia debaixo daquele monte de algodão. 

- Pare com isso, Vivi. Respeite a intimidade da mocinha - repreendi.  
- Só quero ver se aquele negócio que faz xixi é igual ao da Clarinha, mãe. 

Pausa para uma explicação. Clarinha é a minha afilhadinha de nove meses, cujo ofício de babá já foi exercido pelo protagonista deste post.

Meio desconcertada com a observação, tentei desconversar dizendo que não eram iguais, que cada uma tinha a sua. Antes eu tivesse dito que eram idênticas. Mais que depressa e em alto e bom som, ele completou:

-  Ah, sim! A da Clarinha é banca e a dela é peta, né?
- Filho, pelo amor de Deus, a gente não pode ficar falando essas coisas. 
- Ixi, esqueci. Não pode falar peta, né? É nega.

Se o trem não estivesse em movimento, eu teria pulado da janela. 


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