Hoje fomos a um restaurante-fazenda pertinho de BH. Os baixinhos ficaram deslumbrados com os bezerrinhos, cavalinhos, patinhos, peixinhos e porquinhos que desfilavam aos montes. Os porquinhos foram os que mais fizeram sucesso, numa identificação instantânea.
Tudo ia bem até um peão matuto entrar no chiqueiro e laçar um dos leitões pelas patinhas. O coitado do bichinho, que gritava feito gente, foi direto para o abate. Quando me dei conta do que estaria por vir, tratei de tirar meus três porquinhos de lá:
- Vamos, gente, acabou a festa.
- Para onde ele vai, mãe? - perguntou um baixinho-pequeno, intrigado.
Sem saber o que dizer, contei uma mentirinha:
- Ele vai tomar banho e vacina.
Cortei a conversa toda orgulhosa da resposta à queima roupa. Afinal, o que pode ser mais trágico para um porquinho do que banho e vacina?
Os meus que o digam.