
Outro dia, andando pelo centro da cidade, o pequeno apontou para um suposto homem do saco e perguntou:
- É ele, mãe?
- Psiu, fale baixo. É ele sim.
- Tudo o que está lá dentro é criança?
- Sim, filho. Triste, né?
- Ma-mas, mãe, não tem nada se mexendo ali...
- Pois é - respondi, impiedosa.
E completei:
- Pobrezinhos, nunca mais verão suas mães novamente...
Ele, apavorado, apertou forte a minha mão e não soltou até chegarmos em casa.
Que Deus Todo Poderoso, Criador das mães aflitas e desnaturadas, proteja os homens do saco.
E que psicólogo nenhum se atreva a questionar a minha técnica.