segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De prontidão

Estavam o três no banco de trás e eu na frente, dirigindo. Isso significa não ter nenhum controle sobre o que está acontecendo lá atrás. Principalmente porque o bebê conforto dos dois fica de costas para o banco da frente, fora do alcance do espelho retrovisor. Quem me dá notícia é o baixinho.

Eis que, do nada, João começou a chorar. Choro sentido, como se tivessem tomado alguma coisa dele. Sem parar de dirigir, perguntei:

- Filho, o que está acontecendo aí?
- Nada, mãe. Eu só tirei essa tampinha de canetinha de dentro da boca do João. Ele tava quase engulindo.

E me entregou a tampinha semidigerida. Nem sei há quantos dias o danadinho estava com aquilo escondido na boca, brincando de esconde-esconde entre a gengiva banguela e a bochecha. Talvez eu só saberia quando saísse. Ou se engasgasse. Ou coisa pior.

Parece que, além de irmão mais velho, o baixinho também é um pouco anjo da guarda...


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