Levamos o pequeno à loja de brinquedos. Limitamos o acesso às prateleiras mais caras e o deixamos à vontade. Para a nossa surpresa, ele escolheu o menor e mais barato. 
- Pode escolher um maiorzinho, filho.
- Não, mamãe, eu quero esse aqui. 
- Mas esse é muito simples.
- É que os outros custam muito dinheirinho. 
- Não tem problema, filho, só hoje pode.
- Não precisa, mamãe. 
E insistiu no pequenininho. Ficamos com a consciência tão pesada que acabamos mostrando alguns de preço intermediário. Nada. Uma hora depois, já tínhamos circulado por toda a loja e oferecido os mais caros. 
Ele foi embora feliz da vida com a sua lembrancinha. 
Acho que estou exagerando nesse negócio de mostrar pra ele o valor do dinheirinho. 
Ou ele é quem está levando a sério demais esse papo de ser rapazinho consciente.